quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Os que nada têm

Tenho anotado ultimamente na minha memória a quantidade de sem abrigos há à noite na cidade de Lisboa , a capital do nosso Portugal, porém, a darem apoio estão as associações não governamentais que prestam a ajuda em termos de alimentação e uma palavra amiga que dão às pessoas.

Mas neste problema social coabita muita coisa a mistura tais como, toxicodependentes e membros doutras etnias raciais ora temos de saber dividir trigo do joio, uma situação que me vi confrontado a ver foi destes membros que dão o auxilio a estas vitimas da globalização a darem uma parte de pão a um “ucraniano” ou coisa que lho valha e ao sem abrigo português darem só um pacote de leite ,eu sei que o leite tem muitos ingredientes essências ao organismo humano mas mesmo assim penso para mim: “Todos diferentes todos iguais” passo a citar o slogan

Na minha mais sincera opinião acho que estes senhores e senhoras destas associações sem abrigo tem de ver caso a caso mesmo sendo só voluntariado e não terem tempo necessário para avaliar uma situação de cada vez.

4 comentários:

Anónimo disse...

Acredita que será sempre assim.
É bom saber que existe alguém como tu a ter a enorme sensibilidade para o que está mesmo ali ao nosso lado todos os dias. Em relação Às discriminações infelizemnte isso será sempre assim ... infelizmente.

Beijo doce

VM disse...

Eu não vejo assim o problema… eu acho que tanto um como outro precisam de ajuda, sejam eles portugueses, ucranianos, cabo-verdianos, etc. tem fome… e isso e horrível. Uma palavra de apoio as associações que prestam cuidados desse género, são voluntários que andam a distribuir comida/géneros essenciais a essas pessoas, que prescindem de horas de sono/companhia da família para ajudar os outros, os que necessitam.

Anónimo disse...

Presenciei novamente o que sempre me incomodou à quinze anos atrás; os sem abrigo, meu Deus, será que ninguém faz nada por estas pessoas? Onde é que está a família, os amigos, os conhecidos de toda uma vida? Onde é que está a capacidade humana que todos nós temos dentro de nós para ajudar? Para estender a mão? Para poder encaminhar? Será que esta é a imagem que queremos dar do nosso país ao Mundo e aos nossos filhos, às nossas crianças ? Onde é que está a ajuda aclamada por tantas associações do país?, Onde é que estão os lucros que as mesmas fazem quando aclamam as ideias, quando aclamam os feitos? , Onde é que estão os Governantes do nosso País? A Segurança Social? A Cruz Vermelha Portuguesa? A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa? Onde é que estão as Associações dos sem abrigo? Onde é que está a caridade humana? Onde é que vamos chegar ... com o País que temos? Quando é que as diferenças monstras entre os ricos e os pobres, entre o ter e não ter, entre o comer que se deita fora dos Restaurantes e a falta que muitos têm de comer um simples prato de sopa? Onde é que está a integração dos nossos jovens, dos toxicodependentes, dos presos, do que roubou para comer? Quem foi o homem que está deitado e enrolado em cobertores com papelão por cima para não ter frio? Quem foi a mulher lindíssima de ontem e a idosa de hoje que num simples carro de compras leva toda a sua vida atrás? Onde é que estás agora Sr. Zé ? Em que pura e simplesmente não consegui chegar a tempo? A tempo de fazer alguma coisa porque não me deixaram; e quando consegui, alguém te levou para um sítio que acredito bem melhor!
É mais fácil julgar, criticar, é mais fácil passar ao lado sem querer reparar, é bem mais fácil nem sequer responder, quando simplesmente nos pedem um prato de sopa, «Já agora minha senhora ... pode ser também um copinho de vinho ...?», ainda perguntam olhos brilhantes, em que um simples prato de sopa e um copinho de vinho é o manjar dos deuses. É tão bem mais fácil ignorar, para não nos sentirmos incomodados, esquecendo-nos muitas vezes que a vida por vezes dá voltas e que poderemos estar, ficar um dia assim ... é tão fácil ... deixar os “Nossos Velhos” morrer nos hospitais, é tão fácil e tão difícil alguém se ferir de propósito para ter uma cama, para ter alimentação, para ter higiene durante alguns dias num hospital público; onde tantos vivem e fazem desses mesmos locais a sua casa.
É tão mais fácil não fazer nada, do que podermos fazer alguma coisa, nem é preciso muito, pouca coisa ...
Consciência de vida ... em que a revolta existe, em que a incapacidade aparece ... em que a negação de não poder ajudar da forma como essas pessoas merecem é constante. Porquê?
Só porque não se deram bem na vida, só porque não têm ninguém?
Como é que se consegue dizer a alguém com Sessenta, Setenta, Oitenta anos ... tu já não serves para nada? Estas pessoas são uma fonte de conhecimento, de aprendizagem muito grande, o carinho é algo que está implícito em cada uma delas em que o querer dar e o receber é constante, quem é que não gosta de um carinho, de uma palavra terna? Quem é que ainda não ouviu uma frase que nos põe a pensar e em repensar a vida ? E quem é que tem essa capacidade? Quem é que não gosta do colinho da avó, do embalo do mesmo, da ternura? do toque ? ... das histórias ouvidas e nunca esquecidas ? Ou quem é que já se esqueceu destes actos de carinho que os que já partiram deixaram dentro de nós ? ...
Pensei nisto tudo ... como já pensei tantas vezes e chorei ...

VM disse...

Ao anónimo(a) de cima, bonito texto, bonitas preocupações, a minha pergunta é apenas uma: o que tu fazes para mudar isso (na tua vida pessoal)? Dás o teu prato de sopa à criança que te bate à porta a pedir €? É que palavras... leva-as o vento. Se o fazes os meus parabens, constribuis para um mundo melhor.